sábado, 9 de maio de 2015

Sem resposta, empresário cobra definição do Flamengo sobre Petros



O Flamengo continua a caminhada em busca de reforços para o Campeonato Brasileiro, e o nome de Petros, do Corinthians, está em pauta. A negociação andou no começo, porém, estagnou. O Rubro-Negro recentemente consultou o empresário do atleta, Fernando Garcia, para saber dos valores e ficou de dar um retorno, o que ainda não ocorreu. Como o Corinthians só aceita vender o meia, o time carioca estudando a situação.

- Fiz uma pedida para eles, que ficaram de me dar retorno nesta semana. Ainda não deram. Tanto que o Petros vai ser utilizado na rodada. Está vindo proposta da Rússia. Se o Flamengo não vier, vou fechar com o primeiro que chegar. Também tem um clube de São Paulo interessado - disse Fernando, por telefone.

A demora da diretoria em dar um retorno sobre Petros pode acabar afastando-o do Ninho do Urubu. Como o jogador vem sendo pouco utilizado no Corinthians, a ideia do empresário é colocá-lo em outro clube assim que chegar uma proposta concreta que atenda seu pedido.

Reserva no corinthians, Petros será titular na partida de estreia do clube paulista no Brasileirão, contra o Cruzeiro, neste domingo, uma vez que os principais jogadores serão poupados por conta do duelo de volta contra o Guaraní-PAR, na próxima quarta-feira, pelas oitavas de final da Libertadores da América. O Flamengo, por sua vez, também estreia no torneio nacional neste domingo, contra o São Paulo, às 16h, no Morumbi.

Flamengo bate Limeira e a torcida canta: “Nós queremos respeito...E comprometimento... Isso aqui não é vasco...Isso aqui é Flamengo... ô, ô, ô, ô...”.

Limeira e Flamengo fizeram um jogo digno de uma semifinal do NBB: cheio de reviravoltas, reclamação com os juízes, participação marcante das duas torcidas e um fim emocionante. Mesmo fora de casa, os flamenguistas conseguiram uma importante vitória por 85 a 78 e abriram 1 a 0 na série melhor de 5 da semifinal do NBB. Com isso, o time tem a chance de fechar o confronto jogando em casa, revertendo a vantagem do time do interior, que fez melhor campanha na primeira fase.

Os argentinos Laprovittola e Herrmann foram os grandes nomes da partida. O primeiro, essencial na produção de jogadas e nos arremessos, foi o cestinha do jogo com 21 pontos. O veterano ala-pivô brilhou em momentos decisivos. No segundo quarto, com três bolas seguidas, evitou uma fuga no placar do Limeira. E no fim, faltando pouco mais de dois minutos, acertou uma bola de três, abrindo cinco pontos de vantagem.

- No terceiro quarto, os jogadores que estavam no banco entraram e corresponderam. Temos que estar preparados para o próximo jogo - disse o rubro-negro Benite logo após a partida.

Flamengo X Limeira- semifinal NBB (Foto: Luiz Pires/LNB)Herrmann e Teichmann brigam pela bola na equilibrada partida (Foto: Luiz Pires/LNB)

O jogo foi praticamente definido no início do quarto período, quando o Flamengo anotou 13 pontos seguidos, colocando pela primeira vez na partida dois dígitos de frente. Quando os donos da casa "acordaram", depois de seis minutos sem pontuar, não tinha mais jeito. A vitória era rubro-negra, e a festa, dos cerca de cem flamenguistas que estavam no ginásio Vô Lucatto, que contou com público de 1.400 pessoas.

Os destaques do Limeira foram Jackson com 19 pontos, Ronald Ramon, com 17 pontos, e Hayes, com 16. Como de costume, Nezinho municiou bem seus companheiros, com oito assistências. Bruno Fiorotto, pivô reserva, conseguiu quatro enterradas e anotou 18 pontos.

A próxima partida da série é na segunda-feira, também em Limeira, às 20h30, com transmissão ao vivo do SporTV e cobertura em Tempo Real do GloboEsporte.com. O terceiro jogo é no Rio de Janeiro, assim como o quarto, se assim for necessário. O hipotético quinto jogo será realizado em Limeira.

Na temporada regular, Limeira e Flamengo se encontraram duas vezes, sempre com vantagem dos times da casa. No turno, vitória paulista por 78 a 73. Na última rodada do returno, os cariocas devolveram o revés: 86 a 70. Bauru e Mogi fazem a outra semifinal. O primeiro embate acontece neste domingo, às 19h30m, no Ginásio Panela de Pressão, em Bauru.

O JOGO

Flamengo X Limeira- semifinal NBB (Foto: João Pires/LNB)O Limeira começou a partida no ritmo da torcida. Em menos de um minuto, abriu 5 a 0, com uma bola de três de Nezinho e uma enterrada de Bruno Fiorotto. O Flamengo demorou mais de três minutos para pontuar, feito que só conseguiu após errar quatro ataques seguidos. Os visitantes, porém, acordaram e acertaram três bolas seguidas: 7 a 7. Em poucos minutos, os rubro-negros viram a recuperação ir por água abaixo, com duas "cesta e falta" do Limeira, com Hayes e David Jackson: 13 a 7. Os dois times seguiram errando bastante, e os dez primeiros minutos terminaram 20 a 14 para os donos da casa.

No segundo período, o Flamengo voltou com Marcelinho e Herrmann e os dois conseguiram, em menos de um minuto e meio, colocar os visitantes na frente pela primeira vez no jogo (21 a 20). A bola que sacramentou a virada foi de longa distância, com Marcelinho, que obrigou o técnico Dedé a pedir tempo. Fiorotto, David Jakcson e Deryk voltaram à quadra após não iniciarem o segundo quarto e deram novamente a força ofensiva ao Limeira, que finalmente voltou a pontuar.

Laprovittola foi um dos destaques do Flamengo (Foto: João Pires/LNB)




Flamengo X Limeira- semifinal NBB (Foto: João Pires/LNB) 
Nezinho tenta fugir da marcação do argentino Laprovittola (Foto: João Pires/LNB)

A torcida do Limeira, que foi engolida pelos pouco mais de 100 torcedores do Flamengo no início do período, voltou à partida após duas cravadas de Fiorotto, que colocaram novamente os donos da casa na frente ( 26 a 23). Na sequência do período, Herrmann e Laprovittola, pelo Fla, e David Jackson e Hayes, pelo Limeira, brilharam. Um colocava na cesta,e  o outro, no ataque seguinte, devolvia. O jogo seguiu equilibrado, e o primeiro tempo terminou 41 a 38 para os anfitriões. 

O terceiro quarto seguiu a tônica da primeira metade do jogo. As duas equipes se alternaram na liderança da partida. Na metade do período, porém, o Limeira abriu a maior vantagem da partida. Com a defesa forte e um ataque bem mais organizado, sempre municiado por Nezinho, o time fez 54 a 47. No ataque, o Flamengo só conseguia pontuar nos lances livres, até que Herrmann fez uma cesta, sofreu uma falta, converteu o lance livre e fez o time encostar de novo. Fim de período, 59 a 56 para o Limeira.

A vantagem do Limeira durou menos de um minuto no último período. Em dois ataques, o Flamengo voltou a liderança do jogo, 60 a 59. Na sequência, a "mão santa" de Marcelinho apareceu novamente e, de três, abriu 63 a 59. Já havia passado mais de cinco minutos do último quarto, e o Limeira seguia sem pontuar. Na penetração de Olivinha, o Fla abriu 69 a 59.

Mas, o jogo ainda não havia terminado. A torcida do Limeira cresceu, o time veio junto e, com três ataques seguidos, o time voltou a partida, 69 a 65. Apesar da pressão da torcida, o Flamengo conseguia gastar o tempo no ataque, e ainda converter algumas bolas essenciais, principalmente com Herrmann, que de três, voltou a dar tranquilidade no placar. Faltando 30s, Benite colocou outra de três e praticamente sacramentou o jogo, 79 a 73. O placar final foi 83 x 78

Flamengo X Limeira- semifinal NBB (Foto: Luiz Pires/LNB)Meyinsse tenta se livrar da marcação dos rivais limeirenses (Foto: Luiz Pires/LNB)

ESCALAÇÕES

Limeira: Nezinho, Ronald Ramon, David Jackson, Hayes, Bruno Fiorotto. Entraram: Rafael Mineiro, Matheus, Deryk, Teichmann.
Técnico: Dedé Barbosa.

Flamengo: Laprovittola, Benite, Marquinhos, Olivinha, Meyinsse. Entraram: Hermann, Marcelinho, Felício, Gegê.

Técnico: José Neto.

A SÉRIE

09/05 - 16h - Limeira 78 x 85 Flamengo - Ginásio Vô Lucato, em Limeira - ao vivo no SporTV
11/05 - 19h - Limeira x Flamengo - Ginásio Vô Lucato, em Limeira - ao vivo no SporTV
14/05 - 20h30 - Flamengo x Limeira - Ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio - ao vivo no SporTV
*16/05 - 16h - Flamengo x Limeira - Ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio - ao vivo no SporTV
*19/05 - 21h30 - Limeira x Flamengo - Ginásio Vô Lucato, em Limeira - ao vivo no SporTV

Semifinais do NBB7


 
1º jogo das semifinais do NBB7


Flamengo 85 x 78 Limeira

“Nós queremos respeito...E comprometimento... Isso aqui não é vasco...Isso aqui é Flamengo... ô, ô, ô, ô...”.




Almir vibra com chance de ser titular do Flamengo: "Preparado e concentrado"


Almir (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
Almir foi a surpresa do coletivo comandado por Vanderlei Luxemburgo na sexta-feira. O meia foi escalado no time titular no lugar de Arthur Maia e tem chance de começar jogando a partida de estreia do Flamengo no Campeonato Brasileiro, neste domingo, às 16h, contra o São Paulo, no Morumbi. Luxa só deve confirmar os 11 jogadores que vão iniciar o duelo 40 minutos antes de a bola rolar, e Almir garante que está pronto para dar o seu melhor.

- Estou preparado. Venho treinando muito forte desde que me apresentei. Mesmo treinando no time reserva, sempre prestei atenção naquilo que o Vanderlei quer. Quando tive a oportunidade de treinar no time titular, procurei fazer tudo aquilo. Felizmente fizemos um bom treino. Agora vamos aguardar. Fiz o meu trabalho no treinamento, mas ainda não sabemos. Sei que estou preparado e concentrado. Se eu estiver no time titular, vou estar em condições de ajudar.

O camisa 28 do Flamengo admitiu ansiedade, mas disse que tem usado sua experiência para controlar isso e manter a calma. Aos 32 anos, ele se mostrou muito empolgado pela rápida subida que teve, afinal, há pouco tempo estava disputando o Carioca pelo Bangu e agora pode começar o Brasileiro como titular do clube de maior torcida do Brasil.

- Estou muito feliz. Trabalhei muito forte no Bangu no começo do ano e tive essa oportunidade no Flamengo. Agora tenho a chance de talvez iniciar a partida. É um orgulho saber que seu trabalho vem sendo reconhecido. É levar tudo isso para dentro de campo para que eu possa dar resultado e muita alegria ao torcedor.

Almir contou ainda que, durante os 45 minutos de coletivo que disputou, recebeu a orientação de Luxemburgo para não funcionar como o tradicional meia armador, e sim jogar um pouco mais recuado do que o habitual.

- Ele pediu para que a gente chegasse de trás, como homem surpresa, função um pouco diferente daquilo que eu faço, vindo mais de trás como segundo volante ou meia. Foi exatamente isso que ele pediu. 


Com direito a "Armeration", Flamengo fecha semana em Atibaia-SP com rachão



O Flamengo fechou a semana de intertemporada em Atibaia-SP com um animado rachão de dois toques. Com a tradicional rivalidade entres os times, os jogadores suaram a camisa e se empenharam na atividade, mas com muita diversão. Paulinho e Samir, que ainda não estão 100%, participaram do treino, e o primeiro foi o autor do gol da vitória por 3 a 2 da equipe sem colete sobre a com colete. No fim, Armero, que apenas correu em volta do campo junto de Alecsandro e Nixon, juntou-se ao ganhadores por também estar sem colete e os brindou com o "Armeration". A dança do lateral-esquerdo, que ainda não fez sua estreia pelo clube da Gávea, levou os companheiros ao delírio.


O time sem colete teve Marcelo Cirino, Almir, Pará, Bressan, Anderson Pico, Luiz Antonio, Cáceres, Márcio Araújo, Canteros, Paulinho, Eduardo da Silva e César. Com colete jogaram Gabriel, Matheus Sávio, Everton, Mugni, Thallyson, Samir, Arthur Maia, Douglas Baggio, Jajá, Jonas, Marcelo e Paulo Victor. César e PV ficaram na linha, com Daniel e Thiago debaixo das traves. E César até marcou um dos gols, o segundo do time vencedor, após pegar de cabeça o rebote e mandar para o fundo da rede. Pico havia aberto o marcador. Do outro lado, os gols foram de Douglas Baggio e Gabriel. O preparador físico Marcelo Martorelli foi o árbitro do rachão e ouviu muitas reclamações dos atletas. O volante Márcio Araújo, como sempre, era o que mais botava lenha na fogueira.

Na sequência, alguns jogadores treinaram cobranças de falta, como Arthur Maia, Thallyson e Matheus Sávio. Everton focou nos pênaltis e teve bom desempenho contra o goleiro Daniel.



Nixon, que passou por cirurgia no tendão patelar do joelho esquerdo em meados de março e se recupera de forma gradual, visivelmente mancou bastante durante a corrida com Armero e Alecsandro em volta do campo.

A intertemporada em Atibaia-SP serviu como preparação do Flamengo para o Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro estreia na competição neste domingo, às 16h. O adversário será o São Paulo, que deve jogar com time misto por causa da Libertadores, no Morumbi.


sexta-feira, 8 de maio de 2015

Intenção de Alecsandro é renovar contrato com o Flamengo, afirma empresário


Apesar do interesse do Grêmio na contratação de Alecsandro, o jogador pretende renovar seu compromisso com o Flamengo, que se encerra no fim deste ano. É o que garante o empresário Oldegard Filho, que agencia o camisa 9 desde o início da carreira. Oldegard afirmou que está para conversar com o diretor executivo Rodrigo Caetano, com quem diz se dar muito bem, para falar sobre uma possível renovação. Mas o agente reforça que não quer colocar nenhum tipo de pressão no Rubro-Negro e que o clube não tem nenhuma obrigação de tomar uma decisão agora. Ainda segundo ele, os gaúchos foram respeitosos em relação aos cariocas durante a sondagem por Alecsandro.

- A vontade do jogador, que é soberana, é ficar no Flamengo. O Alecsandro teve uma identificação muito grande com o Flamengo e com a torcida do clube. Hoje ele é um ídolo dos torcedores. E creio que o Flamengo queira renovar com ele, fazer um contrato até o fim de 2016, mas isso é opinião minha. Creio que seja um caminho lógico. Mas nada foi conversado ainda. O interesse do Grêmio surgiu, é verdade. Como homem do mercado, eu ouvi. O Grêmio foi muito ético e não fez proposta. Chegaram perguntando apenas se existia a possibilidade de ir para lá caso houvesse algum problema com o Flamengo. Eu disse que vamos ter uma conversa para ver qual o projeto do Flamengo para 2016. Antes de qualquer coisa, o Grêmio sabe do direito de preferência do Flamengo e respeita isso - disse, por telefone, ao GloboEsporte.com.

Oldegard, por outro lado, destacou que o tempo de contrato é um fator importante numa negociação. Mas voltou a dizer que acredita que o atacante de 34 anos seguirá no Flamengo.

- Como gestor da carreira dele, entendo que o atleta tem que ter segurança. Vou dar só um exemplo, pois nada disso foi conversado ainda: se o Grêmio oferece um salário compatível com o que o Alecsandro merece e um contrato de dois ou três anos, tenho que parar e analisar. O jogador tem que ter segurança para realizar seu trabalho com equilíbrio, sem preocupação. A minha obrigação é fazer esse estudo de mercado. Pode ser qualquer time. Tenho quase certeza que a situação vai caminhar para fazer um contrato com o Flamengo até 2016. Se não fizer, se for um coisa de consenso entre todas as partes, aí vamos ouvir outros clubes.

O empresário afirmou também que Alecsandro tem boa relação com a diretoria rubro-negra e com o técnico Vanderlei Luxemburgo, com quem sempre teve o sonho de trabalhar.

- Já vi gente dizendo que o Luxemburgo não gosta dele, que eles não se dão bem. Isso é tudo lenda. Estou com o Alecsandro desde os 16 anos e sei que o treinador com quem ele sempre quis trabalhar é o Vanderlei. Ele acha que o Vanderlei é um excelente treinador, que engrandece o currículo de qualquer jogador. O Alecsandro também gosta muito do Deivid (ex-jogador e auxiliar técnico de Luxa). O jogador é muito querido no grupo.

Sondagens à parte, Alecsandro é dúvida para o jogo de estreia do Flamengo no Campeonato Brasileiro, neste domingo, às 16, contra o São Paulo, no Morumbi. Uma forte gripe tirou o camisa 9 das atividades no campo nos últimos dias. Titular durante a maior parte do Carioca, ele vinha treinando no time reserva desde o fim da competição estadual.


O mal cheiro da torcida do vasco sanitário


Luxa testa Flamengo com Almir no lugar de Arthur Maia; titulares vencem coletivo


Almir pode ganhar a sua primeira chance na equipe titular e ser a novidade do Flamengo para a estreia do Campeonato Brasileiro, neste domingo, contra o São Paulo no Morumbi. Recém-chegado ao clube, o meia de 32 anos foi testado por Vanderlei Luxemburgo na vaga de Arthur Maia em coletivo com cara de jogo, apitado pelo ex-árbitro Sálvio Spínola Fagundes Filho. E o camisa 28 fez a jogada do gol marcado por Bressan, o segundo da vitória por 3 a 0. Wallace e Gabriel completaram o placar em atividade que teve só 45 minutos em Atibaia (SP).

Bressan, Flamengo (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo) 
Almir (esq.) construiu a jogada para o gol de Bressan, o segundo do coletivo do Fla (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)
 
Os titulares foram escalados com Paulo Victor, Pará, Bressan, Wallace e Pico; Jonas, Canteros e Almir; Gabriel, Marcelo Cirino e Everton. O time teve boa atuação na atividade, e as jogadas fluíram com ataques rápidos. Novidade na equipe, o camisa 28 começou muito recuado, mas na sequência buscou mais a bola, distribuiu o jogo e participou do segundo gol ao fazer o cruzamento que Bressan completou no rebote de César. Wallace marcou de cabeça em escanteio cobrado por Canteros, e Gabriel emendou de primeira após passe de Anderson Pico.

Flamengo, Sálvio Spínola (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo) 
Ex-árbitro Sálvio Spínola apitou a atividade em Atibaia, que teve só 45 minutos (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)
 
O time reserva treinou com César, Luiz Antonio, Marcelo, Frauches e Thallyson; Cáceres, M. Araújo, Mugni e Arthur Maia; Eduardo e Douglas Baggio. Alecsandro, ainda gripado, desfalcou a atividade mais uma vez e ficou na academia, assim como Samir e Nixon. Ainda recuperando a forma, o colombiano Armero, que ainda não estreou pelo Fla, e Paulinho apenas correram em volta do campo. O elenco faz o último treino em Atibaia na manhã desta sexta-feira e em seguida viaja para São Paulo, onde encara o Tricolor domingo, às 16h (de Brasília), no Morumbi.
 
 

Veja a posição do seu time no somatório dos pontos corridos, desde 2003

Disputado no sistema de pontos corridos desde 2003, o Campeonato Brasileiro é pivô de debates ano após ano. Muitos querem a volta do mata-mata, outros reagem alegando que o sistema é mais justo. Discussões à parte, já tivemos 12 edições da competição, com 40 clubes tendo participado de pelo menos uma edição e apenas cinco jogando todas. No somatório de pontos, é possível formar uma tabela de classificação. Veja abaixo a colocação do seu time:
Os números são do ótimo site Futdados, de Julio Cesar Cardoso

# Somatório de pontos das equipes na Série A do Campeonato Brasileiro. Pontos conquistados em outras séries não foram contabilizados
 
Tabela somatório pontos corridos série A


Flamengo terá selo para celebrar 120 anos, e torcedor vai escolher modelo

O Flamengo completa 120 anos no dia 17 de novembro, e o clube já planeja a comemoração. Um selo será lançado pela Casa da Moeda, com sua marca sendo usada ao longo do ano no material referente ao aniversário do Rubro-Negro e também em produtos oficiais e licenciados.

E o selo será do gosto dos torcedores. De 15 ao 24 de maio, rubro-negros poderão escolher aqui no GloboEsporte.com um dos três modelos abaixo:

MONTAGEM - logos 120 anos de Flamengo (Foto: Divulgação) 
Os três modelos de selo comemorativo dos 120 anos do Flamengo. Votação começa no dia 15 de maio (Foto: Divulgação)

Clubes aprovam entrada na Superliga, e Flamengo corre atrás de patrocínio

O Flamengo deu mais um grande passo para voltar à Superliga masculina de vôlei após 19 temporadas. Em reunião na CBV na última quarta-feira, os clubes que disputam a principal competição do país aprovaram a entrada do Rubro-Negro com "CNPJ próprio". Com isso, os cariocas poderão jogar sem precisar "alugar" sua marca para alguma outra equipe. Isso feria o regulamento, mas foi aceito pelo entendimento coletivo de que ter mais uma camisa de futebol no campeonato seria de enorme valia. Porém, tudo só foi possível graças ao acordo que Flamengo e Juiz de Fora estudam. O UFJF tem vaga garantida por ter sido o nono colocado da última edição. O único pedido da Confederação Brasileira de Voleibol e dos demais concorrentes é de que a parceira seja de médio a longo prazo, algo de, no mínimo, dois ou três anos.

Para que a ideia de cariocas e mineiros saia do papel, alguns assuntos ainda precisam ser discutidos e, principalmente, um ou mais investidores captados. Pelo tamanho e visibilidade da marca Flamengo no mercado, a diretoria rubro-negra ficou encarregada de tocar essa questão. O planejamento é fazer o time jogar com seu tradicional uniforme e ser chamado pelo próprio nome, enquanto a UFJF teria estampada sua logo nas camisas e shorts, além de dar toda a estrutura física já existente.

Técnico Nery, reforçou o bloquei do Montes Claros. (Foto: Solon Queiroz / Montes Claros Vôlei) 
O uniforme vermelho e preto de Juiz de Fora só precisa de um forte investidor para se tornar o do Flamengo na próxima temporada da Superliga masculina de vôlei (Foto: Solon Queiroz / Montes Claros Vôlei)
A questão da sede ainda necessita de uma conversa mais profunda. Os diretores do vôlei mineiro não veem possibilidade de deixar de mandar suas partidas na cidade, porém não se opõem em mandar alguns jogos e treinos no Rio de Janeiro, o que é intenção dos dirigentes cariocas.

- Isso não me incomoda em nada, faz parte de uma parceria, não vejo nenhum drama nisso. As conversas continuam, estão positivas, nos falamos diariamente, mas ainda não se bateu o martelo (quanto à parceria). A reunião na CBV foi importante para a definição de ações futuras que estão sendo discutidas entre as partes. Chegou a hora de se sentar à mesa e discutir detalhes. O Flamengo vai utilizar a força dele no mercado para liderar a captação de patrocínio. Isso é o que mais pesa, é o fator determinante - explicou o diretor-técnico da UFJF, Maurício Bara.

O vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo, Alexandre Póvoa, adotou o discurso da cautela. Assim como Bara, ele sabe que tudo passará pela vinda de um investidor e num prazo de tempo mais curto possível.

- Precisávamos da confirmação dos clubes, agora, o projeto vai depender de acharmos investidores rapidamente. Nossa intenção é jogar essa Superliga, mas não sei se vai acontecer. Queremos trazer alguns jogos para o Rio, vamos ver como vai ser - despistou o dirigente.

Arthur Maia se vê pronto para vaga de "10": "Sou jogador para essa posição"


É bem verdade que ele está vago desde o início de 2015, mas não é o número 10 que está em questão, e sim a função que o meia armador do time exerce. O Flamengo sabe da importância que tem essa posição e vem buscando um nome forte no mercado, mas tem encontrado dificuldades para realizar seu desejo. A solução, no entanto, pode estar muito mais perto do que o clube imagina. Após um bom início de ano, Arthur Maia enfrentou problemas físicos e perdeu o lugar na equipe. Recuperado, ele voltou a ser titular e vive a expectativa de disputar o Campeonato Brasileiro pelo Rubro-Negro. O camisa 19, que atua como homem mais avançado do trio de meio-campo de Luxa, garante que está pronto para assumir essa vaga de "10".

- Quero mostrar que posso ser um jogador para ajudar a equipe nessa posição, independentemente da camisa 10. Em relação à função, sim, quero ajudar. Claro que com versatilidade, como o professor Luxemburgo fala. Posso, numa eventual situação, jogar pela beirada. Quero, sim, continuar mostrando que sou jogador para essa posição, com a consciência de que, se vierem outros jogadores para o setor, só vai fortalecer a equipe. O campeonato é longo e exige um elenco muito forte - disse ao GloboEsporte.com.

Vanderlei Luxemburgo conversa com Arthur Maia durante o treino (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)Vanderlei Luxemburgo conversa com Arthur Maia durante o treino (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

Reforço que veio do América-RN para o Flamengo e cujo passe pertence ao Vitória, Arthur tem noção da pressão que vai encarar, principalmente se não agradar aos torcedores.

- Me sinto à vontade e preparado. Claro que a gente sabe da cobrança da torcida e de todos pelo fato de o Flamengo ter tido grandes ídolos nessa posição. Por eu ter chegado ainda desconhecido, acaba criando certo receio quanto a isso. Mas venho recebendo apoio de todos, confiança, e fico feliz por estar podendo ajudar da melhor forma nessa posição.

Até hoje Arthur Maia fez apenas uma partida pela Série A do Brasileirão. Foi em 2013, pelo Vitória, no empate por 0 a 0 com o Grêmio, no Barradão. Na ocasião, o meia entrou no decorrer dos 90 minutos, no lugar de Elizeu. Ele guarda esse jogo na memória.

- Foi um jogo muito disputado. Naquela época o Grêmio tinha uma parte defensiva muito forte, marcava muito. Mas é sempre bom, Série A, você está no melhor campeonato do futebol brasileiro, com uma vitrine muito boa. Então, foi uma experiência muito boa.

A realidade agora é outra: Maia defende o Flamengo na Série A, simplesmente o clube de maior torcida do Brasil. E a estreia rubro-negra no torneio será neste domingo, às 16h (de Brasília), contra o São Paulo, no Morumbi.

- É um sonho, uma felicidade muito grande poder estar representando o Flamengo num campeonato como esse, de muita importância. Tenho que procurar trabalhar forte, como venho fazendo, pois sei da cobrança que é estar num clube como o Flamengo. Tenho que corresponder à altura. O pensamento é de muito trabalho e muito foco para a gente conseguir brigar em cima.

Luxa sobre rótulo de ultrapassado: "Quem tem currículo como o meu?"


Pronto para iniciar mais um Campeonato Brasileiro, Vanderlei Luxemburgo desafia aqueles que o consideram um técnico ultrapassado. Em entrevista exclusiva ao SporTV, o comandante do Flamengo questiona o que chama de "rotulagem" afirmando que poucos treinadores possuem um currículo como o seu.

Isso é muito cíclico. Rotulam essas pessoas. Parte da imprensa determina quando você deve parar. Vanderlei está ultrapassado. Mas como eu estou ultrapassado? Alguém conhece o meu trabalho no dia a dia? Se você pegar o meu currículo nos últimos 10 anos, mesmo eu não ganhando o Campeonato Brasileiro, poucos técnicos tem um currículo como eu tenho - afirma Luxa.

Assim como o amigo Joel Santana, que em participação recente ao programa "Seleção SporTV" criticou a moda da "reciclagem" no exterior dos técnicos brasileiros, Luxemburgo disse que "reciclagem não é tirar foto com Mourinho" e que ninguém "aprende futebol em 10 dias".

- Reciclagem não é uma foto com Mourinho ou uma foto com Ancelotti. Reciclagem é ir para fora, fazer um curso de dois anos para se adaptar, estudar e ver o que está acontecendo. Isso é uma reciclagem. Agora uma foto? Dez dias? Você não vai aprender futebol em 10 dias.

luxemburgo, luxa, flamengo, atibaia, jogo-treino, bragantino (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo) 
Luxemburgo levou o Flamengo para se preparar em Atibaia, no interior de São Paulo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

O treinador acredita estar em um momento de muita maturidade e equilíbrio profissional. Luxemburgo está em sua quarta passagem pelo Rubro-Negro. Assumiu com o clube na zona do rebaixamento no Campeonato Brasileiro do ano passado e o conduziu à 10ª colocação no final. Na Copa do Brasil, porém, o Flamengo deixou escapar a vaga na decisão ao ser goleado pelo Atlético-MG por 4 a 1, no Mineirão, depois ter vencido a primeira partida das semifinais no Maracanã por 2 a 0.

- É um momento de muita maturidade, muita experiência, muita vivência no futebol e conhecimento. Então pegando toda trajetória minha, com todas as conquistas que eu tive até hoje, me encontro em um momento de maturidade e equilíbrio profissional muito bom - garante o treinador.

Sobre a expectativa com relação ao Campeonato Brasileiro deste ano, Luxemburgo afirma que esta é a competição que mais mexe com ele e apontou os seus concorrentes mais difíceis.

- É o campeonato que mais mexe comigo, que mais faz com que eu queira ganhar, porque é uma competição difícil de ganhar. Competir com o Tite que está no Corinthians, com o Felipão que está no Grêmio, com o do Fluminense, eu estou competindo porque eu quero ganhar. Eu tenho que direcionar para quem? Para o Corinthians, para o Inter, para o Palmeiras, que contratou bastante, esses aqui são os prováveis campeões. Tenho de descobrir o que esses caras estão fazendo - afirma.

A estreia do Flamengo no Campeonato Brasileiro é no domingo contra o São Paulo, no Morumbi, às 16h. Luxemburgo é o treinador que mais vezes conquistou a competição nacional: cinco vezes. Foram duas com o Palmeiras, em 1993 e 1994, uma com o Corinthians, em 1998, uma com o Cruzeiro em 2003, e a última pelo Santos em 2004.

Rapidinhas do Mengão


Maior vencedor, Luxemburgo vai tentar ganhar o Brasileiro pela 6ª vez
Luxemburgo ganhou cinco vezes o Brasileiro, por Palmeiras (1993 e 1994), Corinthians (1998), Cruzeiro (2003) e Santos (2004)

Em pouco mais de 2 anos, Flamengo reduziu ações trabalhistas em 85%
Ao mesmo tempo que tem aumentado sua receita, sendo hoje o clube que mais fatura no país, o Flamengo também tem se acertado na área cível. Quando a atual gestão assumiu o clube, no início de 2013, o Flamengo tinha um total de 580 ações trabalhistas, número que hoje é de “apenas” 80. “É um processo e acredito que a partir de 2016 a situação estará mais confortável”, comenta o presidente Eduardo Bandeira de Mello. Só no ano passado, o clube rubro-negro teve uma despesa total de R$ 48,5 milhões em depósitos judiciais.

Vaga garantida
Um fato foi crucial para o Flamengo obter uma vaga na Superliga Masculina de Vôlei por meio da parceira com o time da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O novo reitor da instituição mineira, Júlio Chebli, que assumiu o cargo em setembro do ano passado, estava disposto a se desfazer da equipe para reduzir as despesas, o que facilitou as negociações para o clube assumir o lugar da UFJF na elite do vôlei nacional.

Eduardo Bandeira critica divisão de votos na Ferj e pede peso maior aos grandes

Em guerra com a atual gestão da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, questionou nesta quinta-feira, em Brasília, o sistema de distribuição de votos dos clubes nas federações estaduais. Em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados para tratar de medidas de modernização do futebol, o dirigente pediu um aumento no peso dos clubes grandes nas eleições das entidades.

- A situação que vivemos hoje no futebol carioca é absolutamente insustentável. A distribuição dos votos hoje faz com que as nossas federações, ou boa parte delas, não seja absolutamente representativa dos seus filiados, dos torcedores e das populações dos estados que deveriam representar.

Bandeira de Mello audiência pública Câmara dos Deputados (Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados) 
Bandeira de Mello durante audiência pública em Brasília (Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados)

Bandeira explicou que a regra atual, regida pela Lei Pelé, determina que a diferença entre os pesos dos votos dentro das federações não tenha uma proporção maior que seis para um. Na Ferj, por exemplo, a divisão é a seguinte: seis votos para times de série A, quatro para times de série B, dois para times de série C e um para os demais times amadores e ligas.

- Em nome de uma regra teoricamente democrática, se estabeleceu uma situação em que hoje um clube como o Flamengo, que tem 40 mil torcedores, mais de 40% da torcida dentro do Rio de Janeiro, tem seis votos na federação. São seis votos a mais que o clube do Piscinão de Ramos, que amador esportivo da Colônia Juliano Moreira e que a Liga Varre-Saiense de Desportos. Do total de 264 votos na assembleia geral da Ferj, Flamengo, Fluminense, vasco sanitário e Botafogo têm seis cada. Ou seja, juntando os quatro clubes grandes do Rio, que possuem 100% dos torcedores, não dá 10% dos votos da assembleia geral. É isso que nos leva a ter um campeonato como o que acabamos de ter no Rio - argumentou Bandeira.

Diante de um auditório repleto de parlamentares, o presidente do Flamengo pediu que a regra de proporção seja alterada dentro da Medida Provisória 671, assinada em março pela presidência e em tramitação no Congresso Nacional. Conhecida como MP do Futebol ou Profut, a medida prevê a renegociação das dívidas dos clubes e uma série de novas regras de transparência e gestão para o futebol.

- Isso precisa ser mudado urgentemente e tenho certeza que podemos fazer a correção dessa injustiça. Tenho certeza que essa comissão vai reconhecer a pertinência dessa reivindicação que estou fazendo. É absolutamente urgente que isso seja incluído na MP - concluiu Bandeira.

Domingo tem Mengão na Globo



DOMINGO, 10

Brasileirão Série A

16h São Paulo x Flamengo

Transmissão: TV Globo para RJ, ES, Juiz de Fora-MG e região, GO, TO, MS, Cuiabá, SC, BA, SE, AL, PE, PB, RN, CE, PI, MA, PA, AM, RO, AC, RR e AP (com Luís Roberto, Júnior e Paulo César de Oliveira) e Premiere (com Linhares Júnior e Belletti)

Gols com tempero: Alecsandro aponta fórmula para mudar opinião de Luxa


Qual a receita do sucesso? Para os atacantes, costuma ser composta por gols. A situação de Alecsandro no Flamengo, entretanto, mostra que nem sempre é assim. Desde que chegou ao clube, no início de 2014, ninguém balançou mais as redes do que ele: 31 vezes em 68 jogos. Foi artilheiro do Carioca, da temporada passada, da Taça Guanabara, e divide o posto com Marcelo Cirino em 2015. Números que não foram suficientes para torná-lo absoluto no time de Vanderlei Luxemburgo. Domingo, o atacante começa o Brasileirão como reserva, mas, como bom dono de restaurante, garante já saber o tempero necessário para tirar qualquer gosto amargo de sua passagem pela Gávea.   

Alecsandro Flamengo restaurante (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com) 
Alecsandro durante almoço em um dos três restaurantes que é dono no Rio (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)
 
Sacado da equipe após a final do Carioca, o camisa 9 rubro-negro ouviu da boca do próprio Luxa que não faz parte de sua equipe ideal. Desde o início da temporada, o treinador deixou claro que Marcelo Cirino será seu centroavante, em formação que prioriza a movimentação e a velocidade, ao lado de Everton e Gabriel. Contra o São Paulo, domingo, às 16h (de Brasília), no Morumbi, será assim. Do banco, Alecsandro torce por ao menos uma oportunidade e sabe que não será suficiente ser apenas mais um se ela surgir.  

- Fico tranquilo quanto a jogar ou não. Aprendi que você é importante jogando ou não. Aí, vem uma frase que eu digo e define muito da minha carreira: "Se eu for titular, tenho que ajudar. Se eu for reserva, tenho que entrar e resolver". É isso que levo e faz parte da minha vida. Confio muito no meu potencial, na minha média dos últimos anos. Me baseio muito nas estatísticas. Contra os números, não há argumentos. O treinador tem muito mais trabalho comigo quando estou na reserva, porque quero treinar mais, fico chato, chego cedo, saio por último... Me cobro muito. Não posso me acomodar. É algo que me incomoda, mas sei o caminho para sair da reserva.  

A desconfiança que é obrigado a vencer jogo a jogo no Flamengo não é novidade na carreira do atacante. As passagens por Inter e Atlético-MG, por exemplo, também foram marcadas por entradas e saídas do time titular. Os questionamentos corriqueiros, por outro lado, são rebatidos pelo currículo: bicampeão da Libertadores, passou por cinco dos 12 grandes do Brasil - além de ter sido assediado recentemente pelo Grêmio. Alecgol garante não se sentir injustiçado, mas admite que a criação do próprio apelido teve como motivação a badalação que percebia em concorrentes.  

- É difícil eu falar de mim, se acho que merecia mais valorização. Não é algo que me incomode, mas vejo matérias e penso: Tem jogador com oito gols e vira "Fulanogol". Eu tenho mais de 300 e não sou Alecgol. Acabou e criei e foi ficando. Começou um pouco no Inter depois no Vasco. Agora, virou marca, mas só pegou porque faço gols.  

Alecsandro, Flamengo X Fluminense (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)Aos 34 anos, Alecsandro tem contrato com o Fla até o fim do ano e sequer pensa em aposentadoria. Quando isso acontecer, a vida fora dos gramados já está arrumada. Com uma gama variada de investimentos, pode se considerar um empresário bem-sucedido e aconselha os mais jovens:  

- Tenho investimentos, mas sou assalariado, tenho emprego. Se o investimento não der certo, vou seguir com meu salário. Depois que parar, é um dinheiro perdido e que não há como recuperar. É preciso se programar para ter direito ao erro.  

Em um dos três restaurantes do qual é sócio - indo para quarta unidade -, o camisa 9 do Flamengo recebeu o GloboEsporte.com para bate-papo sobre sua situação atual no Flamengo, perspectivas para carreira, o trauma causado pela fratura na face no ano passado e, lógico, a vida de empresário. Afinal, há ainda uma corretora, uma loja em shopping, uma empresa de consultoria e uma franquia de marca de relógio em sua cartela de investimentos. E ele não quer parar por aí.


Confira a conversa na íntegra:
 

O Flamengo começa o Brasileirão sem reforços e vindo de uma campanha não muito boa no Carioca. Com qual perspectiva o clube entra na competição?  
- O Carioca já acabou e foi um teste para o Brasileiro. Acho que, de certa forma, nossa equipe deu uma crescida, ganhou corpo para o que esperamos no Brasileiro. Lógico que a contratação de jogadores é sempre importante e sou a favor. No futebol, é preciso somar, fortalecer. Se for para contratar quem venha ajudar, é sempre válido. O Vanderlei trabalha muito bem em cima disso. Pela grandeza do campeonato, não podemos falar que vamos ser campeões, é uma disputa difícil. Mas é um compromisso nosso figurar pelo menos em uma zona de Libertadores. Estando entre os quatro, cinco, a probabilidade de ser campeão é maior.  

O que foi visto nos Estaduais pode ser parâmetro na sua opinião? É possível apontar quais equipes estão na frente do Flamengo, por exemplo?  
- Podemos ver uma equipe nas quartas de final da Libertadores e mal na competição local. Então, o futebol não nos permite comparar campeonatos e tê-los como referência para o Brasileiro. Temos que crescer como equipe. Se o São Paulo não foi para final do Paulista, o Corinthians, o Flamengo e o Fluminense no Carioca, o Cruzeiro no Mineiro, quer dizer que não têm chance de serem campeões? Temos que crescer como equipe e jogar bem. Assim, vamos conseguir um sucesso maior e brigar pelo título. Acredito no futebol da concentração do momento.

Alecsandro Flamengo restaurante (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com) 
Alecsandro com chef de seu restaurante: atacante será reserva contra o São Paulo (Cahê Mota / Globoesporte.com)

Mesmo sendo o artilheiro do clube no ano, com dez gols - ao lado do Marcelo -, você começa o campeonato como reserva. De que maneira encara a situação?  
- Amadureci bastante e tive uma escola europeia. Pude jogar uma Liga dos Campeões pelo Sporting, que é um grande europeu, e aprendi que é normal o rodízio de jogadores. Não é algo que me incomode muito, mesmo sabendo que no Brasil não existe isso. O cara é reserva ou titular. Em alguns jogos, o Vanderlei fez esse rodízio para treinar formações e jogadores. Fico tranquilo quanto a jogar ou não. Aprendi que você é importante jogando ou não. Aí, vem uma frase que eu digo e define muito da minha carreira: "Se eu for titular, tenho que ajudar. Se eu for reserva, tenho que entrar e resolver". É isso que levo e faz parte da minha vida. Confio muito no meu potencial, na minha média dos últimos anos. Me baseio muito nas estatísticas. Contra os números, não há argumentos. O treinador tem muito mais trabalho comigo quando estou na reserva, porque quero treinar mais, fico chato, chego cedo, saio por último... Me cobro muito. Não posso me acomodar. É algo que me incomoda, mas sei o caminho para sair da reserva.  

Quando o Vanderlei vira e fala que no time ideal dele o Marcelo será o centroavante, muda alguma coisa na sua maneira de lidar com a situação? É mais complicado por envolver até mesmo uma mudança de sistema tático?  
- Se torna um pouco mais difícil quando o treinador expõe a opinião dele, mostrando a prioridade e o que pensa. Você fala: "Pô, eu não sou opção, ele está sendo claro". Qual é o meu objetivo? Mostrar para ele que tenho condição de ser opção, de ser útil, de dar a resposta, como venho dando. Esse é meu objetivo maior: lutar contra um pensamento que já existe e foi exposto. Não quero mostrar para que quero ser o 9, mas que posso ser o 9. Repito a minha frase: "Se não estou jogando, tenho que entrar e resolver". Preciso mostrar ao treinador que pode contar comigo, que estou aqui. É o pensamento que tenho. 

Quais foram os efeitos imediatos após esta entrevista do Vanderlei?  
- Me tranquiliza muito também que, depois da entrevista do Vanderlei, recebi ligações de dois clubes perguntando se ia sair do Flamengo. O treinador não falou que eu estava fora, só expôs com muita sinceridade a posição dele. Em menos de 24 horas, dois clubes me procuraram. Se de repente não tiver espaço aqui, vou ter ali ou em outro lugar. Mas minha vontade agora é conquistar o espaço onde estou, no Flamengo.  

Mesmo sem ser titular absoluto, você foi o jogador mais assediado na viagem a Salgueiro-PE, tomando o posto que sempre foi do Léo Moura. Isso te surpreendeu?  
- O Léo roubava muito isso nosso por ter muito carisma e merecia pela história no clube. Não fiquei surpreso, fiquei feliz. Sei do carinho que tenho com o torcedor. Fora de campo, viajo muito, gosto do Nordeste, e já imaginava que seria assim. Mesmo quando o Léo estava, eu tinha essa valorização, mas não chamava tanta a atenção porque o Léo levava tudo para ele. Fico feliz pelo reconhecimento. Na última viagem, isso ficou bem claro. Até mesmo no jogo, quando eu entrei em campo... Isso demonstra o bom trabalho e me dá muita força e tranquilidade de estar no caminho certo.  

Por outro lado, ainda há muito questionamento de diversos setores sobre você. Por mais que seu currículo aponte dois títulos de Libertadores, passagem por cinco dos 12 grandes do Brasil, ainda há quem duvide de você como grande figura de uma equipe. Você se sente injustiçado? Acha que é pouco reconhecido neste sentido?  

Alecsandro Flamengo restaurante (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)- Quando assinei contrato com minha assessoria no Rio, me falaram isso: "Cara, você tem uma história que é uma das melhores como atacante em relação a títulos e gols, mas a repercussão é muito menor do que outros que, às vezes, nem têm título". Só que eu nunca me preocupei com isso. Nunca quis associar bons momentos e aproveitar para focar uma seleção brasileira, fazer marketing... Não consigo dimensionar o que represento para o futebol. É difícil eu falar de mim, se acho que merecia mais valorização. Não é algo que me incomode, mas vejo matérias e penso. Tem jogador com oito gols e vira "Fulanogol". Eu tenho mais de 300 e não sou Alecgol. Acabou e criei e foi ficando. Começou um pouco no Inter depois no Vasco. Agora, virou marca, mas só pegou porque faço gols.  

Passados pouco mais de três meses de temporada, quais os efeitos da fratura que você sofreu na face em 2014 no seu dia a dia? É algo que te incomoda muito ainda? Dentro de campo, muda alguma coisa?  
- A cicatriz não é tão discreta. Pelo incidente, a cicatriz é o de menos, mas pela vaidade, por ser no rosto, ainda procuro passar pomadas para diminuir, tentar que passe despercebido para olhar no espelho e ver o menos possível. Dentro de campo, eu não entro lembrando do episódio, mas teve um jogo com o Bonsucesso onde uma bola quicou no meio-campo e fui para dividida com o volante. Neste momento, lembrei. Tinha que colocar a cabeça e confesso que fiquei com medo, tirei na hora, mas ele também tirou e a bola sobrou para mim. O futebol é muito rápido. Não dá tempo para ficar pensando nisso nos cruzamentos, etc...  

Com 34 anos, já pensa em aposentadoria?  
 - Tenho 34 anos, mas me sinto da mesma forma de quando tinha 27, 28... Não vi muita diferença na parte física, não consigo ver essa diferença. Me sinto igual, tanto que nessa última pré-temporada puxei fila. Estou com o mesmo vigor e vontade, me recupero bem de jogos de quarta para domingo. Já vi jogadores de 32, 33, não conseguirem, ficarem cansados. Eu consigo graças também ao meu comportamento fora de campo, de me cuidar. Só vou começar a pensar em encerrar quando tiver esses sintomas do meu corpo. Com a experiência que tenho, consigo identificar isso quando estiver no limite.  

Por mais que não pense ainda em parar, você é um cara que tem a vida estruturada fora do futebol. São muito investimentos. Como surgiu o Alecsandro empresário?
- São poucos jogadores que conseguem se programar para parar. Muitos são pegos de surpresa. É preciso pensar no que fazer fora de campo. O cara não pode parar e depois pensar em abrir uma academia, uma escolinha, etc... Não vejo muito esse caminho. Como jogador, não há tempo de acompanhar de perto outra atividade, mas me preocupo com isso. Vim de uma casa de Cohab, de Bauru. Meu pai foi jogador, veio de um lugar pobre e ajudou a família, não teve tempo para guardar. Aprendi muito com ele. Hoje, eu tenho investimentos, mas sou assalariado, tenho emprego. Se o investimento não der certo, vou seguir com meu salário. Depois que parar, é um dinheiro perdido e que não há como recuperar. É preciso se programar para ter direito ao erro. Hoje, tenho um restaurante indo para quarta casa, tenho participação em construtora em Fortaleza, tenho uma empresa revolucionária, que cuida da vida particular do profissional, seja atleta ou artista, vou abrir uma loja no shopping...




Resultados de quinta de Libertadores e Copa do Brasil


Taça Libertadores 2015(Oitavas de final - jogos de ida)
Montevideo Wanderers-URU 1 x 1 Racing-ARG
River Plate-ARG 1 x 0 Boca Juniors-ARG
Emelec-EQU 2 x 0 Atlético Nacional-COL


Copa do Brasil 2015(Segunda fase - jogos de ida) 
Independente-PA 1 x 0 Goiás
Moto Club 1 x 2 Ponte Preta

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Conselho aprova patrocínios, e Flamengo tem camisa cheia em 2015


camisa flamengo (Foto: Divulgação/Adidas)

Camisa cheia para o Flamengo até o fim de 2015. O Conselho Deliberativo aprovou por maioria de votos na noite desta quinta-feira, na Gávea, o contrato de patrocínio com a Jeep para barra do uniforme e a renovação do espaço master com a Caixa. Por conta de novas normas na estatal, o novo vínculo não terá duração de um ano, como aconteceu nos dois primeiros, e se encerra em dezembro. Agora, o Rubro-Negro tem todas as propriedades de sua camisa vendidas.

A alteração no período se dá pela exigência da Caixa de contratos que não continuem em vigência após a virada do ano. A partir de 2016, porém, a expectativa é de que as renovações voltem a ser anuais. A mudança não teve influência no valor a ser pago ao Flamengo, que foi recalculado proporcionalmente ao número de meses, sendo de R$ 16 milhões até dezembro.

O contrato com a Jeep prevê pagamento de R$ 4.5 milhões pelo mesmo período pelo espaço na barra da camisa. Com a aprovação, a montadora já terá sua marca exibida na partida contra o São Paulo, domingo, às 16h (de Brasília), no Morumbi, pela primeira rodada do Brasileirão.

No total, a camisa do Flamengo vale agora R$ 81 milhões: R$ 38 milhões da Adidas, R$ 20 milhões da Viton 44, R$ 16 milhões da Caixa, R$ 4.5 milhões da Jeep e R$ 2.5 milhões da Tim.

Conselheiro é suspenso por 360 dias

A pauta desta quinta-feira no Conselho Deliberativo incluía ainda o julgamento do sócio Gonçalo Veronese, por acusação de vazamento de documentos do Conselho Fiscal, do qual é membro. Em votação, ficou definida a suspensão por 360 dias, o que compromete a participação do mesmo nas eleições do final do ano. Veronese é pré-candidato à presidência e um dos principais aliados de Leonardo Ribeiro, o Capitão Leo.

Ficou definido ainda a abertura de um inquérito para investigação da veracidade de documentos apresentados por Veronese em sua defesa. Em caso de nova condenação, o mesmo corre risco de ser expulso do quadro de sócios.

Cuiabá ganha primeira Loja Oficial do Flamengo


Nova loja oficial em Cuiabá
Você torcedor do Mais Querido pode conferir nesta sexta (08.05) a inauguração da primeira loja oficial do Flamengo em Cuiabá. O clube da Gávea vai abrir uma loja no primeiro andar do Pantanal Shopping, com decoração totalmente inspirada no maior patrimonio do Megão: sua torcida. 

Além de diversos produtos oficiais e licenciados, a loja também conta com personalização na hora de nome e número nas camisas. Sócios-torcedores ainda contam com vantagens exclusivas.

Ainda não faz parte do programa Nação Rubro-Negra e quer aproveitar essa e outras vantagens? Clique aqui e seja sócio-torcedor.




Conheça a churrasqueira rubro-negra


Poucas coisas combinam mais com futebol do que churrasco. E, pensando nisso, chegou mais uma novidade oficial do Mengão. Em parceria com a Arke, o clube Mais Querido do Mundo lançou na última semana a linha de Churrasqueiras Personalizadas Times do Coração, que já estão disponíveis para venda na loja virtual da fabricante. A coleção promete deixar o churrasco do torcedor flamenguista muito mais animado e saboroso.

As churrasqueiras possuem design personalizado com as cores da Nação Rubro Negra, desde o painel frontal com o brasão do clube e espetos personalizados. 

As churrasqueiras à gás possuem sistema de rotação dos espetos, porta de vidro curva e transparente para melhor visualização dos alimentos e são ecologicamente corretas, pois não produzem fumaça. Ainda, acompanha uma bandeja coletora de gordura. Os pés antiderrapantes e o baixo consumo de gás colaboram dando segurança e economia ao cliente.

 

CBF marca mais sete partidas do Brasileirão para as 11h de domingo

A CBF definiu nesta quinta-feira quais jogos serão realizados às 11h de domingo nas dez primeiras rodadas do Brasileirão, assim como Grêmio x Ponte Preta, primeiro jogo do horário, que será disputado neste domingo e já estava com o horário definido.

Ao todo, mais sete jogos serão disputados no horário. Conforme o previsto, as partidas escolhidas serão disputadas nas regiões Sul e Sudeste do país, cujas cidades não terão temperaturas tão altas nos próximos meses.

O novo horário foi testado e teve boa aceitação do público no Campeonato Paulista, em dois jogos do Palmeiras.

Confira os jogos que foram marcados para as 11h

10/5 - Grêmio x Ponte Preta (Arena do Grêmio) - 1ª rodada
17/5 - Figueirense x vasco sanitário (Orlando Scarpelli) - 2ª rodada
24/5 - Palmeiras x Goiás (Allianz Parque) - 3ª rodada
31/5 - Santos x Sport (Vila Belmiro) - 4ª rodada
7/6 - Internacional x Coritiba (Beira-Rio) - 6ª rodada
14/6 - Ponte Preta x Goiás (Moisés Lucarelli) - 7ª rodada
21/6 - Cruzeiro x Chapecoense (Mineirão) - 8ª rodada
28/6 - Atlético-MG x Joinville (Independência) - 9ª rodada

Mais um passo para volta do Flamengo ao vôlei


 Uma reunião entre clubes e CBV deixou muito bem encaminhada a entrada do Flamengo na próxima Superliga masculina de vôlei.

O Rubro-Negro voltará ao esporte como parceiro da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Mas com um detalhe importante. O clube carioca passará a ser o detentor da vaga, que pertencia aos mineiros pelo desempenho na temporada passada (nono lugar, posição que evita a participação no torneio classificatório em busca de vaga na elite). A mudança de “mãos” foi aprovada ontem pelos demais participantes da próxima competição nacional.

Segundo o blog apurou, a UFJF cuidará da gestão do time, montagem de comissão técnica e elenco. Ao Fla caberá a busca por patrocinadores a partir do uso de sua fortíssima marca. A sede, inicialmente, deverá continuar sendo em Juiz de Fora, mas com alguns jogos da temporada sendo realizados no Rio de Janeiro. Não me perguntem ainda sobre reforços, algo que dependerá do orçamento do projeto neste primeiro ano.

A decisão de trocar a vaga de dono afasta um dos temores do mercado: como detentor do lugar na elite do vôlei, o Flamengo pode fazer um projeto mais consistente e de longo prazo. Não seria mais um aventura de um “clube de camisa”, algo comum durante as duas décadas de Superliga. Cenário que eu já não acreditava, apoiado pela atual política dos esportes coletivos rubro-negros, com modalidades autossustentáveis e sem megalomanias milionárias.

Com a entrada do Flamengo, a próxima Superliga contará com vários clássicos do futebol. O Sada/Cruzeiro defenderá o título, enquanto o São Paulo/Funvic, outra parceria já certa para a temporada, se reforçou com craques da Seleção, como Lucarelli, em busca de quebrar a atual hegemonia celeste. Certamente os duelos Fla x Cruzeiro, Fla x São Paulo e Cruzeiro x São Paulo darão um atrativo especial para o vôlei.

Presidente do Fla, Bandeira de Mello, na audiência em Brasília


Bandeira de Mello audiência pública Câmara dos Deputados (Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados)Evitando tomar partido no conflito de opiniões entre CBF e Bom Senso em relação à MP do Futebol, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, adotou um discurso conciliador. Bastante participativo desde o início das discussões sobre a renegociação das dívidas, há um ano e meio, o dirigente rubro-negro disse acreditar em um texto final que atenda às demandas de clubes e jogadores.

- Tenho certeza que vamos chegar a um consenso. Acho perfeitamente possível chegar a um acordo que atenda a todos nós. A MP foi editada no Planalto com colaboração, a partir de algum diálogo com as casas legislativas para que pudesse voltar para cá (Congresso Nacional) e fosse aperfeiçoada. Como está, o texto requer algumas modificações, como no artigo oitavo (exigência de que os clubes centralizem as finanças em um único banco). No quinto, que fala da CBF e das entidades de administração do esporte, acredito que possa haver uma flexibilidade, um diálogo entre clubes, jogadores e CBF para chegarmos a um bom termo. Mas o cerne, que são as medidas de responsabilidade, precisa ser mantido - afirmou Bandeira.



Gripe tira Alecsandro de treinos, e Luxemburgo foca no trabalho técnico

Nada de treino físico para a maioria dos jogadores nesta quinta-feira em Atibaia-SP. Em clima animado, o elenco do Flamengo trabalhou com bola tanto na parte da manhã quanto na parte da tarde, e Vanderlei Luxemburgo deu ênfase ao aperfeiçoamento da técnica. O time estreia no Campeonato Brasileiro no domingo, contra o São Paulo, no Morumbi, às 16h (de Brasília).

Treino da tarde teve divisão do elenco em quatro times (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo) 
Treino da tarde teve divisão do elenco em quatro times (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

Dos 31 atletas que viajaram para a intertemporada, apenas um não foi a campo durante o dia: Alecsandro, vítima de uma forte gripe. Nixon, que se recupera de cirurgia no joelho esquerdo, fez academia de manhã e à tarde trabalhou na areia sob orientações do fisiologista Cláudio Pavanelli. Armero e Paulinho, que não estão 100%, foram a campo de tarde, mas para uma atividade física com o preparador Antônio Mello. Já Samir, outro que ainda não está pronto para jogar, participou normalmente dos dois treinos com bola.

Na primeira atividade, Luxemburgo trabalhou bastante os fundamentos. Laterais, meias e atacantes fizeram tabelas e chutaram bastante a gol, recebendo muitos elogios do treinador, enquanto zagueiros e volantes foram exigidos na parte defensiva, em cruzamentos para a área. Em determinado momento, Luxa vibrou com gol de letra de Gabriel.

Armero e Paulinho treinam a parte física sob olhares de Antônio Mello (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)Armero e Paulinho treinam a parte física sob olhares de Antônio Mello (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)


- Isso! Boa, Gabriel! Que beleza! - comemorou o comandante.

No segundo treino, após roda de bobinho, os jogadores foram separados em quatro times de acordo com a cor dos coletes e se dividiram em dois campos, revezando os duelos. Um dos melhores momentos foi protagonizado por Mugni, que balançou a rede por cobertura ao chegar cara a cara com o goleiro Daniel. Thallyson, por sua vez, deu susto na comissão técnica ao ficar caído no chão e reclamar de dores após uma dividida. Ele chegou a sair do campo reduzido, mas logo depois voltou, aparentemente afastando a possibilidade de algum problema mais sério.

Ao fim da atividade da tarde, mais descontração, e Gabriel roubou a cena ao colocar as luvas e ir para o gol. Nas defesas que fazia, o baiano tirava onda e, curiosamente, gritava o nome do ex-goleiro argentino Pato Abbondanzieri.

Nixon trabalha na areia e é orientado pelo fisiologista Cláudio Pavanelli (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo) 
Nixon trabalha na areia e é orientado pelo fisiologista Cláudio Pavanelli (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

PV garante Fla forte no Campeonato Brasileiro: "Confiança no time é total"

Se o objetivo de Vanderlei Luxemburgo no ano passado era "sair da confusão" no Campeonato Brasileiro, neste ano mudou drasticamente. O treinador só pensa em brigar pelas primeiras posições. Destaque do Flamengo atual, Paulo Victor tem grande importância nessa missão. E a fase ajuda. Em 2015 ele sofreu apenas nove gols nos 23 jogos em que esteve em campo - no empate por 1 a 1 com o Macaé, PV se machucou e foi substituído por César antes de o Fla levar um gol. Mas o goleiro também confia na capacidade de seus companheiros para que, juntos, levem o Rubro-Negro ao topo da competição nacional. A estreia será neste domingo, às 16h (de Brasília), contra o São Paulo, no Morumbi.

- A gente vem se preparando desde o começo do ano sabendo que tem uma equipe muito competitiva, que vai estar brigando lá na frente. A confiança no time é total. E a gente sabe que no Flamengo a cobrança é sempre já buscando o título. Nós vamos atrás disso aí, pois sabemos que temos qualidade - disse.

Paulo Victor Flamengo (Foto: Ivan Raupp) 
Paulo posa com a cidade de Atibaia, no interior de São Paulo, ao fundo (Foto: Ivan Raupp)

Paulo Victor, por outro lado, acredita que todo time grande precisa estar sempre se reforçando e vê com muito bons olhos a chegadas de novos jogadores. Mas esses reforços, a princípio, não seriam para o gol. PV não poupou elogios ao seu reserva imediato, César, e aos meninos Daniel e Thiago, que ainda fazem parte da equipe sub-20 e também estão na intertemporada em Atibaia-SP. O titular da meta rubro-negra, que esperou nove anos para ganhar a posição, costuma passar orientações para os outros três. Agora, com ele de titular absoluto, o trio precisará ter paciência na espera por uma oportunidade.

- O diferencial, que poucas equipes do Brasil têm, são os quatro goleiros formados na base. A gente sabe que existe um tempo de adaptação e tudo, mas são goleiros que vão ter uma carreira grande se continuarem trabalhando como estão. Não tenho dúvida. Faz parte do processo, então tem que saber esperar o momento certo. Mas acima de tudo tem que trabalhar sempre firme para quando aparecer a oportunidade.

A seguir, veja a entrevista com Paulo Victor na íntegra:

GloboEsporte.com: Como um dos líderes do grupo, você vê o Flamengo com qual nível de confiança para começar o Brasileirão?
Paulo Victor: A gente vem se preparando desde o começo do ano sabendo que tem uma equipe muito competitiva, que vai estar brigando lá na frente. A confiança no time é total. E a gente sabe que no Flamengo a cobrança é sempre já buscando o título. Nós vamos atrás disso aí, pois sabemos que temos qualidade. Falta talvez uma ou outra peça, mas nada que vá nos atrapalhar no começo do campeonato.

Paulo Victor Flamengo (Foto: Ivan Raupp)O elenco atual dá conta do recado ou essas peças que ainda não vieram vão fazer muita diferença?
A gente sabe que time grande, não só o Flamengo, tem que estar se reforçando. O Flamengo quer trazer pessoas para fortalecer seu grupo, independentemente se vai ser titular ou não. Tem que ter essa consciência de que precisa se reforçar, porque o Campeonato Brasileiro é longo, tem a Copa do Brasil no meio. Então, com certeza vai ser muito importante a chegada de novos companheiros.

Por que você acha que o Flamengo vai se dar bem nesse campeonato?
Primeiro, pela confiança que a gente tem no elenco. Tem jogador que faz a diferença ali. Mostramos isso ao longo do Carioca. Temos um ataque veloz e que faz gol. Isso é um diferencial da nossa equipe. Tem que aproveitar o que a gente tem de melhor para poder usar no Brasileiro. É uma competição longa, completamente diferente do que a gente viveu no começo do ano. E nós vamos buscar o título com certeza.

Como ficou a cabeça dos jogadores após a eliminação para o Vasco no Carioca?
Não abalou o Paulo Victor. Futebol é assim, um ganha e o outro perde. Não vou ficar aqui justificando a forma como a gente perdeu. Não cabe a mim ficar falando. Já acabou, passou. Mas futebol é desse jeito. Talvez se a gente tivesse conseguido fazer um golzinho, dois golzinhos, isso não aconteceria. Mas passou. Nós temos que pensar agora no decorrer do ano, nas competições maiores, Brasileiro, Copa do Brasil, para que não aconteçam os mesmos erros que aconteceram no Carioca.

Você fechou o gol na primeira semifinal do Carioca contra o Vasco, mas o time perdeu a segunda. O que faltou para a classificação?
Um golzinho só. Era o que precisava. Mas a gente sabe que envolve muitas outras coisas. Tem que ter a tranquilidade dentro do campo e saber que, independentemente do que aconteça fora do campo, o importante é colocar a bola na rede. Isso ninguém tira. A gente tem que ter essa consciência e estar buscando e crescendo cada vez mais, porque a gente vai entrar numa competição muito difícil, que é o Brasileiro.

Por que você evitou entrevistas durante a semana depois de ter tido grande atuação?
É uma coisa minha que tenho feito, tanto é que já não falo há 30 dias. Às vezes a gente tem que respeitar o momento de um, de outro, saber que não é hora de falar. Não queria falar naquele momento porque achava que era hora de focar só no trabalho, por isso pedi à assessoria compreender. Estou sempre à disposição em momentos bons e ruins, mas vezes tem que dar uma segurada.

Essa semana em Atibaia vai ser diferencial para o Flamengo no Brasileiro?
Não tenho dúvida. Faz parte da preparação, é o momento que a gente tem para se recuperar bem, fazer um excelente trabalho. Não tenho dúvida que isso vai fazer uma diferença muito grande do meio para o final do campeonato.

O clima nos treinos é bom, e vez por outra tem apostas entre você e Wallace, você e Cáceres, naquela rivalidade sadia...
O Wallace é um grande amigo que tenho, meu padrinho de casamento, e vou levar essa amizade para fora do futebol. A gente brinca ali, é uma coisa produtiva, porque faz as apostas valendo R$ 50 e isso acaba valendo muito para o jogo, fica mais contagiante. A gente aproveita para estar trabalhando. O Cáceres também brinca muito comigo. Quando vai na finalização, faço essa competição individual com ele para não deixá-lo fazer gol. Isso acaba sendo uma motivação para o treino, tanto para eles fazerem o gol, quanto para eu defender. Procuro fazer isso para mexer com o jogador de linha para mexer com ele como se estivesse jogando.

E o retrospecto está favorável para o seu lado?
Ontem (terça) eu ganhei. Com o Cáceres foi 5 a 1 nos chutes, e do Wallace ganhei as duas que disputamos nos pênaltis. Hoje posso falar, não sei amanhã ou depois (risos).

Além de você e do César, vieram também de goleiros o Daniel e o Thiago, do sub-20. Você vê muito potencial nesses garotos. Como é a convivência com eles?
Muito. O diferencial, que poucas equipes do Brasil tem, são os quatro goleiros formados na base. O Daniel acabou de ser campeão (da Taça Guanabara de juniores), o Thiago também vem jogando e foi convocado para a seleção brasileira de base. A gente sabe que existe um tempo de adaptação e tudo, mas são goleiros que vão ter uma carreira grande se continuarem trabalhando como estão. Não tenho dúvida. O Cesão é um excelente goleiro. Faz parte do processo, então tem que saber esperar o momento certo. Mas acima de tudo tem que trabalhar sempre firme para quando aparecer a oportunidade, como apareceu com o próprio Daniel na última partida do ano passado. E ele pôde corresponder.


Paulo Victor Flamengo (Foto: Ivan Raupp) 
PV curte piscina com Daniel e Thiago, além de Jonas e Thallyson. Faltou César na foto (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)


Você teve que aguardar bastante tempo, pacientemente, para ter sua chance no Flamengo. A situação do César é parecida com a sua. Ele é jovem e talentoso, mas o titular é o Paulo Victor, o momento é do Paulo. O César se espelha muito em você até nessa questão da paciência. Como é esse dia a dia com ele?
A convivência com o Cesão já é boa há muito tempo, desde quando ele subiu para o profissional. É uma excelente pessoa e um excelente goleiro. Esse processo é normal que o César e os goleiros de outras 19 equipes da Série A vivem: saber que cada um tem seu espaço no momento certo. Tem que trabalhar, falo sempre isso para ele, para estar sempre preparado, porque a gente não sabe quando ela vai aparecer. Lembro que em 2013 eu vinha trabalhando, sem jogar, e tive que entrar nos dois jogos da semifinal da Copa do Brasil devido a uma contusão. Naquele momento, se eu não estivesse preparado, talvez o Flamengo não chegasse à final. A gente tem que estar sempre buscando melhorar para nunca ser pego de surpresa.

Saiu a convocação para a Copa América. Apesar de você nunca ter sido chamado, chegou a ficar atento à lista, com alguma expectativa, pela boa fase que vive no Fla?
Como sempre falo, tenho sonho de jogar na Seleção, mas isso não é uma obsessão. Tenho que ter tranquilidade e paciência. Esperei nove anos para jogar no profissional como titular. Então, isso não me incomoda, não tenho essa cobrança por dentro. Faço meu trabalho no Flamengo porque só o clube vai poder me levar à Seleção. Fico tranquilo quanto a isso. No dia em que eu for convocado, com certeza não vou ser pego de surpresa, mas também não ficar com aquela ansiedade. Tenho que trabalhar e fazer minha parte dentro do Flamengo.

Que goleiros você coloca no primeiro pelotão do futebol brasileiro hoje em dia?
O Jefferson, que se destaca muito. Gosto muito da postura dele e do jeito de jogar. Gosto do Diego Cavalieri, que acho um excelente goleiro. Nem vou comentar do Rogério Ceni, que para mim é o cara que ganhou tudo e ficou muito tempo em alto nível. O (Marcelo) Grohe é um excelente goleiro. Gosto muito do Alisson, do Inter. São goleiros que hoje estão fazendo a diferença em seus clubes, e isso é bom para a gente. Procuro observar todos para que possa tirar um pouco de cada um.

Eduardo da Silva, Everton, Paulo Victor e Alecsandro, Flamengo (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo) 
Goleiro se diverte com companheiros durante treino em Atibaia (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

Tem um em quem você já se espelhou ou se espelha mais?
Gosto muito do Rogério Ceni, pela postura e por tudo o que já fez. A gente não pode esquecer. Um cara que é vencedor, titular do clube há muitos anos. Ganhou tudo. Com certeza me espelho nele pela pessoa que é e até pela pouca convivência que já tive com ele. É um cara acima da média.

Aos 28 anos, acha que está no ponto máximo da carreira? Ou isso é mais com jogador de linha, não tem muito com goleiro?
Todos dizem que dos 28 aos 33 anos é a melhor idade. Mas você vê hoje o Magrão, o Rogério Ceni e outros goleiros com idade avançada jogando em alto nível. A gente sabe que o goleiro muitas vezes pode estender um pouco mais a carreira. Com certeza é uma idade boa, em que você pode se doar muito mais. Depois disso tem que começar a ver como o corpo reage, uns mais e outros menos. Você o Fábio, o Victor, tudo em alto nível ainda. E eu penso em prolongar minha carreira, e que seja no Flamengo.